domingo, 2 de maio de 2010

Desculpa

É como se minha cabeça tivesse vazia, oca, morta. Parece que houve uma explosão e agora tá tudo irritantemente calmo, escuro, em silêncio. A sensação não me agrada, mas também não faço muito pra mudar, pois penso que não adiantaria. Na verdade é uma neblina. Bem densa. Neblina seca, mas conforme vai-se andando várias gotículas se acumulam ao redor da face e são imediatamente evaporadas devido a um vento forte formado unicamente de calor que vem com tudo em minha direção. E isso tudo causa um mal estar, eu quero sair daqui, eu quero enxergar. E isso tudo causa dúvida, eu quero a água, quero o fogo, quero nenhum amando todos. Causa medo – é pra sempre?! Claro que não. Escurece, vem a aflição - meu deus, passa logo! Continuo na neblina, alguém me ajuda?! Esquece, prefiro ficar sozinho... Não, sozinho não! Tu tá louco?!?! Sempre fui, mas é que... Opa, um espelho, achei! Espera, deve estar quebrado, não é como os outros espelhos. É que na minha vida tive muitos espelhos e sempre gostei de todos, mas desse não. É feio, não consigo usá-lo. Também é repulsivo. E ele tá ficando embaçado... Já sei, deve ser a droga da neblina. Desculpa.

3 comentários:

  1. e quem diria que por trás desse corpinho existiria uma alma poética? to gostando daqui!

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  2. rá, ta achando o que?! timéti... hahahaha =**

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  3. Eu teria escrito esse texto, do mesmo jeito! Sério, consigo ver esse texto saindo do meu teclado! Te leio como um desabafo, as palavras certas que a gente nunca acha na hora de dizer! :) Espero que já tenha feito sol por aí!

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